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Psicogênese da pessoa: a abordagem de Wallon e a pedagogia

Você já ouviu falar de Henri Wallon, um dos maiores psicólogos do século XX? Você sabe como ele estudou o desenvolvimento humano, considerando os aspectos biológicos, sociais, afetivos e cognitivos? Você conhece as implicações da sua teoria para a educação, especialmente para a educação infantil? Neste artigo, vamos abordar o tema da psicogênese da pessoa, a abordagem de Wallon e a pedagogia, mostrando a sua importância, os seus conceitos e as suas possibilidades para a construção de uma educação mais integral, dinâmica e humanista.

A psicogênese da pessoa é o termo que Wallon usou para designar o seu estudo sobre a origem e a evolução do psiquismo humano, desde o nascimento até a idade adulta.

Wallon procurou compreender como o ser humano se constitui como uma pessoa completa, integrando os seus aspectos biológicos, sociais, afetivos e cognitivos, em uma relação dialética com o meio. Wallon defendeu que o desenvolvimento humano é um processo de equilibração entre a organização interna e a adaptação externa, que envolve dois mecanismos básicos: a assimilação e a acomodação.

A acomodação é o processo pelo qual o indivíduo modifica os seus esquemas mentais para se ajustar aos estímulos do meio, ou seja, adapta o que sabe à realidade. A equilibração é o estado de harmonia entre a assimilação e a acomodação, que permite ao indivíduo avançar para níveis superiores de compreensão.

Wallon dividiu o desenvolvimento humano em cinco estágios principais, que se sucedem em uma ordem fixa e universal: o estágio impulsivo-emocional (de 0 a 3 meses), o estágio sensório-motor e projetivo (de 3 a 9 meses), o estágio do personalismo (de 9 a 24 meses), o estágio categorial (de 2 a 6 anos) e o estágio da puberdade e adolescência (a partir dos 6 anos). Cada estágio representa uma forma diferente e mais complexa de interagir com o meio, de expressar as emoções, de se relacionar com os outros e de pensar, que se baseia nos estágios anteriores.

A abordagem de Wallon tem uma grande relevância para a pedagogia, pois oferece uma visão holística e dialética da aprendizagem, que considera o aluno como um sujeito ativo, que interage com o seu meio e constrói o seu próprio conhecimento, de acordo com o seu nível de desenvolvimento. A abordagem de Wallon também propõe uma metodologia pedagógica que estimula a descoberta, a experimentação, a reflexão, a cooperação e a autonomia dos alunos, respeitando o seu ritmo e o seu estilo de aprendizagem.

- A abordagem de Wallon subestima a influência da linguagem na construção do pensamento, dando mais ênfase aos aspectos motores e afetivos.

- A abordagem de Wallon ignora a diversidade de formas de pensar e de aprender que existem entre os diferentes povos, culturas e línguas, assumindo uma visão etnocêntrica e universalista do desenvolvimento humano.

- A abordagem de Wallon desconsidera o papel da escola, da família e da sociedade na mediação e na transmissão do conhecimento, privilegiando a interação direta do indivíduo com o meio.

Diante dessas críticas, é preciso reconhecer que a abordagem de Wallon não é a única nem a última palavra sobre o desenvolvimento humano, mas sim uma contribuição valiosa e inspiradora, que pode ser complementada e atualizada por outras perspectivas teóricas e práticas pedagógicas, que levem em conta a riqueza e a complexidade da pessoa humana.

Se você quer saber mais sobre esse tema, conheça o curso de Graduação em Pedagogia da FASPEC descubra como a psicogênese da pessoa, a abordagem de Wallon e a pedagogia podem ser trabalhadas na educação, em diferentes níveis e modalidades de ensino.

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