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Como a educação socioemocional pode preparar os estudantes para os desafios do século 21

Você sabia que a educação socioemocional é uma das tendências mais importantes para a formação integral dos estudantes? A visão do processo formativo e socioemocional como relevante para o desenvolvimento, nos estudantes, das competências e habilidades para sua vida é uma proposta que vem ganhando cada vez mais espaço nas escolas, nas políticas públicas e nas pesquisas educacionais. Mas o que é a educação socioemocional e por que ela é tão importante?

socioemocional

O que são as competências socioemocionais?

As competências socioemocionais são as capacidades que envolvem os aspectos sociais e emocionais dos indivíduos, como a forma de se relacionar consigo mesmo, com os outros e com o mundo. Elas incluem habilidades como autoconhecimento, autocontrole, consciência social, habilidades de relacionamento e tomada de decisão responsável. Essas competências são fundamentais para que os estudantes possam lidar com as emoções, os conflitos, os problemas, as oportunidades e os desafios que surgem na vida pessoal, escolar e profissional.

As competências socioemocionais são reconhecidas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) como parte da educação integral, que visa desenvolver os estudantes em todas as suas dimensões: cognitiva, física, afetiva, ética, estética, social e cultural. A BNCC define dez competências gerais que devem orientar a educação básica, sendo que cinco delas são de natureza socioemocional:

– Valorizar e respeitar a diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.

– Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.

– Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

– Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.

– Utilizar conhecimentos das ciências da natureza, da matemática, das ciências humanas e sociais, das linguagens, das tecnologias, das artes e dos saberes tradicionais para compreender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

Quem foram os Principais Representantes do Escolanovismo?

O escolanovismo foi um movimento plural, que contou com a contribuição de diversos pensadores e educadores, que tinham em comum a valorização da criança e da sua forma de aprender. Entre eles, podemos destacar os seguintes nomes:

  • Maria Montessori: foi uma médica, educadora e pedagoga italiana, que criou um método de educação que se baseava na observação e no respeito às necessidades e aos ritmos de cada criança. Ela também criou materiais didáticos específicos, que estimulavam o desenvolvimento sensorial, motor, cognitivo e afetivo das crianças.
  • Ovide Decroly: foi um médico, psicólogo e pedagogo belga, que fundou uma escola que se baseava na ideia de que a criança aprende por meio da exploração do meio ambiente e da solução de problemas. Ele também propôs uma organização curricular que partia dos interesses e das experiências das crianças, e que abrangia quatro áreas: observação, associação, expressão e trabalho manual.
  • Édouard Claparède: foi um médico, psicólogo e pedagogo suíço, que defendia uma educação que fosse funcional, ou seja, que atendesse às funções vitais da criança, como a adaptação, a satisfação e a expressão. Ele também defendia uma educação que fosse diferenciada, ou seja, que levasse em conta as diferenças individuais das crianças, como o nível de desenvolvimento, o tipo de inteligência e o estilo de aprendizagem.
  • John Dewey: foi um filósofo, psicólogo e pedagogo norte-americano, que defendia uma educação que fosse progressiva, ou seja, que acompanhasse o progresso da ciência, da sociedade e da democracia. Ele também defendia uma educação que fosse experiencial, ou seja, que partisse da experiência concreta e significativa das crianças, e que as levasse a refletir, a experimentar e a agir sobre a realidade.
  • Lourenço Filho: foi um educador, escritor e administrador brasileiro, que foi um dos principais difusores do escolanovismo no Brasil. Ele defendia uma educação que fosse renovada, ou seja, que incorporasse os avanços da psicologia, da sociologia e da pedagogia, e que se adaptasse às necessidades e às condições do país. Ele também defendia uma educação que fosse ativa, ou seja, que estimulasse a iniciativa, a curiosidade e a criatividade das crianças, e que as preparasse para a vida.

Como as competências socioemocionais podem ser desenvolvidas na escola?

As competências socioemocionais podem ser desenvolvidas na escola de diversas formas, como:

– Incorporando as competências socioemocionais aos componentes curriculares, de forma a integrar os conhecimentos acadêmicos com as habilidades sociais e emocionais, por meio de metodologias ativas, projetos, problemas, situações reais, etc.

– Criando espaços e momentos específicos para trabalhar as competências socioemocionais, como rodas de conversa, dinâmicas de grupo, jogos, atividades artísticas, etc.

– Promovendo um clima escolar positivo, que favoreça o respeito, a confiança, a colaboração, a participação, a diversidade, a inclusão, a democracia, a ética, etc.

– Formando os professores e os gestores para que possam desenvolver as suas próprias competências socioemocionais e para que possam apoiar o desenvolvimento dos estudantes, por meio de cursos, oficinas, orientações, etc.

Quais são os benefícios da educação socioemocional?

A educação socioemocional traz diversos benefícios para os estudantes, para a sociedade e para o futuro, como:

– Melhora o desempenho acadêmico, pois as competências socioemocionais favorecem a motivação, a atenção, a memória, a compreensão, a criatividade, o pensamento crítico, a resolução de problemas, etc.

– Melhora o comportamento escolar, pois as competências socioemocionais favorecem a disciplina, a cooperação, a responsabilidade, a persistência, a resiliência, a autoestima, a autoconfiança, etc.

– Melhora a saúde mental, pois as competências socioemocionais favorecem a regulação emocional, a expressão de sentimentos, a empatia, o apoio social, a prevenção e o enfrentamento de situações de estresse, ansiedade, depressão, violência, bullying, etc.

– Melhora a cidadania, pois as competências socioemocionais favorecem o respeito, a tolerância, a diversidade, a inclusão, a solidariedade, a participação, a democracia, a ética, a sustentabilidade, etc.

– Melhora a empregabilidade, pois as competências socioemocionais favorecem a adaptação, a flexibilidade, a inovação, a comunicação, a liderança, a colaboração, a tomada de decisão, etc.

Conclusão

Como vimos, a educação socioemocional é uma proposta que visa desenvolver as competências e as habilidades que os estudantes precisam para sua vida, em todas as suas dimensões. A visão do processo formativo e socioemocional como relevante para o desenvolvimento, nos estudantes, das competências e habilidades para sua vida é uma forma de prepará-los para os desafios do século 21, que exigem não apenas conhecimentos, mas também atitudes e valores.
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