Por que a ética é essencial para a profissão do educador?

A ética na profissão do educador é um tema que desperta interesse e reflexão, pois envolve questões fundamentais para a educação e para a sociedade.

A ética é o conjunto de princípios e valores que orientam o comportamento humano em relação ao bem e ao mal, ao certo e ao errado, à justiça e à injustiça. A ética na profissão do educador diz respeito à forma como o educador exerce a sua função, tendo em vista os fins educativos, os direitos e deveres dos educandos, dos colegas, dos pais, da instituição e da comunidade.

As tradições da ética na profissão do educador

A ética na profissão do educador não é algo novo, mas tem uma longa história, que remonta aos primórdios da educação. Desde a Antiguidade, os filósofos se preocuparam em definir os fins e os meios da educação, bem como os critérios e as virtudes que deveriam nortear a ação do educador. Entre os principais pensadores que se dedicaram ao tema, podemos citar:

– Sócrates: foi o mestre de Platão e o fundador da filosofia moral. Sua ética se baseava na ideia de que o bem é o conhecimento e o mal é a ignorância. Sua pedagogia se baseava na maiêutica, que consistia em fazer perguntas ao interlocutor, levando-o a descobrir a verdade por si mesmo.
– Platão: foi o discípulo de Sócrates e o autor da obra A República, onde propõe um modelo ideal de sociedade e de educação. Sua ética se baseava na ideia de que o bem é a ideia suprema, que transcende o mundo sensível. Sua pedagogia se baseava na dialética, que consistia em confrontar as opiniões, buscando a síntese racional.
– Aristóteles: foi o discípulo de Platão e o autor da obra Ética a Nicômaco, onde expõe sua teoria moral. Sua ética se baseava na ideia de que o bem é a felicidade, que consiste na atividade racional e virtuosa. Sua pedagogia se baseava na lógica, que consistia em demonstrar os princípios e as conclusões do conhecimento.

As experiências da ética na profissão do educador

A ética na profissão do educador não é apenas uma teoria, mas uma prática, que se manifesta nas experiências concretas dos educadores, que enfrentam dilemas, conflitos, desafios e oportunidades no exercício de sua função. Entre as principais experiências que envolvem a ética na profissão do educador, podemos citar:

– A relação com os educandos: o educador deve estabelecer uma relação de respeito, confiança, afeto, diálogo e cooperação com os educandos, reconhecendo suas diferenças, necessidades, potencialidades e interesses, e promovendo seu desenvolvimento integral.
– A relação com os colegas: o educador deve estabelecer uma relação de cordialidade, solidariedade, colaboração e troca com os colegas, compartilhando saberes, experiências, projetos e responsabilidades, e buscando a melhoria da qualidade da educação.
– A relação com os pais: o educador deve estabelecer uma relação de parceria, comunicação, orientação e apoio com os pais, envolvendo-os no processo educativo, informando-os sobre o desempenho e o comportamento dos filhos, e acolhendo suas sugestões e críticas.

– A relação com a instituição: o educador deve estabelecer uma relação de compromisso, participação, identificação e pertencimento com a instituição, cumprindo as normas, os objetivos, os valores e a proposta pedagógica, e contribuindo para a sua gestão democrática e para o seu aperfeiçoamento.
– A relação com a comunidade: o educador deve estabelecer uma relação de integração, articulação, interação e transformação com a comunidade, conhecendo sua realidade, seus problemas, suas demandas e seus recursos, e desenvolvendo projetos sociais, culturais e ambientais.

As expectativas da ética na profissão do educador

A ética na profissão do educador não é apenas uma realidade, mas uma utopia, que se projeta nas expectativas dos educadores, que almejam uma educação mais justa, mais humana, mais democrática e mais emancipadora. Entre as principais expectativas que envolvem a ética na profissão do educador, podemos citar:

– A valorização da profissão: o educador espera ser reconhecido, respeitado, remunerado e formado adequadamente, tendo em vista a importância e a complexidade de sua função, que exige competência, dedicação, criatividade e compromisso.
– A autonomia da profissão: o educador espera ter liberdade, responsabilidade e participação na definição dos fins, dos meios e dos critérios da educação, sem sofrer interferências, imposições ou restrições de ordem política, econômica, ideológica ou religiosa.

– A qualidade da educação: o educador espera oferecer uma educação que atenda às necessidades, às expectativas e aos direitos dos educandos, que proporcione o acesso, a permanência, a aprendizagem, a inclusão, a diversidade, a cidadania e a felicidade.
– A transformação da sociedade: o educador espera contribuir para uma sociedade mais justa, mais humana, mais democrática e mais emancipadora, que respeite os direitos humanos, que promova a igualdade, a solidariedade, a participação, a paz e o desenvolvimento sustentável.

Conclusão

Como vimos, a ética na profissão do educador é um tema que envolve tradições, experiências e expectativas, que revelam a importância, os desafios e as possibilidades da ética na educação e na sociedade. A ética na profissão do educador é uma exigência, uma responsabilidade e uma missão, que requer reflexão, formação, ação e avaliação constantes, tendo em vista os princípios e os valores que orientam a prática educativa.

Esperamos que este texto tenha sido útil e informativo para você. Se você gostou, compartilhe com os seus amigos e deixe o seu comentário. E se você quer saber mais sobre a educação e as suas possibilidades, acesse o nosso site e conheça o nosso curso de Graduação em Pedagogia. Até a próxima!