Você já imaginou uma escola onde os alunos pudessem escolher o que, como e quando aprender, sem a imposição de regras, currículos ou avaliações?
Uma escola onde os professores fossem apenas facilitadores e não autoridades, e onde a relação entre eles e os alunos fosse baseada na confiança, no respeito e na cooperação? Essa é a proposta da não-diretividade no ensino, uma abordagem pedagógica que defende uma educação mais livre e autônoma, que valoriza as necessidades, os interesses e as potencialidades de cada aluno. Neste artigo, vamos conhecer um pouco mais sobre a origem, os princípios e os representantes da não-diretividade no ensino, especialmente Neill e Rogers.
O que é a Não-Diretividade no Ensino?
A não-diretividade no ensino é uma abordagem pedagógica que surgiu no século XX, como uma reação à educação tradicional, que era baseada na direção, na imposição e na padronização. A não-diretividade no ensino se baseia na visão de que a educação é um processo de autoconstrução, de autoexpressão e de autodesenvolvimento do indivíduo, que deve ser guiado por sua própria motivação, curiosidade e criatividade. A não-diretividade no ensino também se baseia na visão de que a educação é um processo de interação, de comunicação e de cooperação entre os sujeitos, que devem se relacionar de forma horizontal, democrática e afetiva.
A não-diretividade no ensino defende uma educação que seja centrada no aluno, que respeite sua individualidade, sua liberdade e sua responsabilidade, e que o estimule a desenvolver suas capacidades cognitivas, emocionais, sociais e morais. A não-diretividade no ensino defende uma educação que seja facilitada pelo professor, que não seja um transmissor de conhecimentos, mas um orientador, um conselheiro e um parceiro do aluno, e que o ajude a descobrir, a explorar e a resolver os problemas que lhe interessam.
A não-diretividade no ensino defende uma educação que seja flexível, que não tenha um currículo fixo, mas que se adapte aos interesses e às necessidades dos alunos, e que não tenha uma avaliação externa, mas que se baseie na autoavaliação e no feedback.
Quem foram Neill e Rogers?
Neill e Rogers foram dois educadores que se destacaram por suas propostas de não-diretividade no ensino, que influenciaram e continuam influenciando a educação em diversos países. Entre eles, podemos destacar os seguintes aspectos:
Alexander Sutherland Neill: foi um educador, escritor e psicanalista escocês, nascido em 1883. Ele é o fundador da Summerhill, uma escola que se tornou um símbolo da educação não-diretiva. A Summerhill é uma escola que funciona como uma comunidade democrática, onde os alunos e os professores participam das decisões e das regras, e onde os alunos têm total liberdade para escolher o que, como e quando aprender, sem a obrigação de assistir às aulas ou de fazer provas. Neill defendia que a educação deveria ser baseada na felicidade, no amor e na espontaneidade, e que o papel do professor era o de respeitar e apoiar o desenvolvimento natural da criança. Neill morreu em 1973, deixando um legado de obras e ideias que inspiraram gerações de educadores.
Carl Ransom Rogers: foi um psicólogo, educador e escritor norte-americano, nascido em 1902. Ele é o criador da abordagem centrada na pessoa, uma teoria psicológica e pedagógica que se baseia na ideia de que o indivíduo tem uma tendência inata para o crescimento e para a realização de seu potencial, que deve ser facilitada por um ambiente de aceitação, compreensão e autenticidade. Rogers aplicou sua abordagem à educação, defendendo que a educação deveria ser centrada no aluno, que deveria ter liberdade para escolher seus objetivos, seus métodos e seu ritmo de aprendizagem, e que o papel do professor era o de facilitar e não de dirigir o processo educativo. Rogers morreu em 1987, deixando um legado de obras e ideias que influenciaram e continuam influenciando a educação em diversos países.
Qual é a Importância da Não-Diretividade no Ensino para a Educação?
A não-diretividade no ensino foi e é de grande importância para a educação, pois ela contribuiu para a valorização do aluno, da sua forma de aprender, da sua liberdade e da sua responsabilidade. Ela também contribuiu para a inovação dos métodos e das práticas pedagógicas, que passaram a ser mais participativos, dinâmicos e personalizados. Ela também contribuiu para a democratização da educação, que passou a ser mais dialógica, cooperativa e emancipadora. Suas ideias e experiências foram fundamentais para a construção de uma pedagogia humanista, que influenciou e continua influenciando a educação em diversos países.
Conclusão
A não-diretividade no ensino foi uma abordagem pedagógica que propôs uma educação mais livre e autônoma, que colocou o aluno no centro do processo educativo. Neste artigo, procuramos apresentar um pouco sobre a origem, os princípios e os representantes da não-diretividade no ensino, especialmente Neill e Rogers, que propuseram uma educação mais feliz e mais humana. Esperamos que este texto tenha sido útil e atraente para você. Se você gostou, compartilhe com os seus amigos e deixe o seu comentário. E se você quer saber mais sobre a educação e as suas possibilidades, acesse o nosso site e conheça a Graduação em Pedagogia da FASPEC!
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Ellen Torres
Licenciada em Letras Língua Portuguesa pelo IFG, com mestrado em Educação pela UFG.
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