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Você sabe o que são as variações linguísticas no Brasil? Descubra por que os pedagogos precisam conhecê-las!

As variações linguísticas no Brasil são as diferentes formas de falar e escrever o português brasileiro, que dependem de fatores como região, classe social, idade, gênero e situação comunicativa. Neste post, você vai aprender o que são as variações linguísticas, quais são os seus tipos e por que os pedagogos devem estudá-las para serem bons professores e alfabetizadores.

Você já reparou que as pessoas falam de maneiras diferentes dependendo de onde elas moram, de quem elas são ou de com quem elas estão conversando?

Por exemplo, você pode ouvir alguém dizer “tu vais” no Sul, “ocê vai” no Centro-Oeste, “cê vai” no Sudeste ou “você vai” no Nordeste. Ou você pode notar que algumas pessoas usam “a gente” em vez de “nós”, ou que algumas palavras têm significados diferentes em diferentes regiões, como “bala”, “doce” ou “trem”.

Essas diferenças são chamadas de variações linguísticas, que são as diversas formas de falar e escrever uma mesma língua, que variam de acordo com fatores como região, classe social, idade, gênero, etnia, profissão e situação comunicativa.

As variações linguísticas são naturais e inevitáveis em qualquer língua viva, e refletem a diversidade cultural, histórica e social de um povo.

No Brasil, as variações linguísticas são muito ricas e complexas, pois o português brasileiro é resultado de um longo processo de contato e influência de várias línguas, como o tupi, o africano, o espanhol, o italiano, o alemão, o japonês e o inglês. Além disso, o Brasil é um país de dimensões continentais, com uma população heterogênea e desigual, que vive em diferentes contextos e realidades.

Os principais tipos de variações linguísticas no Brasil são:

– Variação regional: é a que ocorre entre as diferentes regiões do país, e se manifesta principalmente na pronúncia, no vocabulário e na sintaxe. Por exemplo, a palavra “mandioca” pode ser chamada de “aipim”, “macaxeira” ou “caiota” dependendo da região.

– Variação social: é a que ocorre entre os diferentes grupos sociais, e se relaciona com fatores como classe, escolaridade, renda, profissão e prestígio. Por exemplo, a palavra “carro” pode ser pronunciada como “carro”, “caro” ou “carru” dependendo do nível de formalidade ou de informalidade do falante ou do interlocutor.

– Variação situacional: é a que ocorre em função da situação comunicativa, e se adapta ao grau de formalidade, ao propósito, ao canal e ao gênero do discurso. Por exemplo, a mesma pessoa pode usar uma linguagem mais culta e padrão em uma entrevista de emprego, e uma linguagem mais coloquial e popular em uma conversa com amigos.

– Variação histórica: é a que ocorre ao longo do tempo, e mostra as mudanças e as evoluções que a língua sofre em diferentes épocas. Por exemplo, a palavra “vós” era muito usada no português antigo, mas hoje é considerada arcaica e rara no português brasileiro.

Mas por que os pedagogos precisam conhecer as variações linguísticas no Brasil? Qual é a importância desse tema para a educação?

A resposta é simples: porque as variações linguísticas fazem parte da realidade dos alunos, dos professores e da sociedade, e devem ser respeitadas, valorizadas e ensinadas na escola. Os pedagogos devem reconhecer que a língua é um fenômeno dinâmico, diverso e plural, e que não existe uma forma única e certa de falar ou de escrever.

Ao estudar as variações linguísticas, os pedagogos podem:

– Ampliar a sua competência comunicativa e a dos seus alunos, desenvolvendo a capacidade de usar a língua de forma adequada e eficaz em diferentes situações e contextos.

– Promover a inclusão e a cidadania, respeitando e valorizando as diferenças linguísticas e culturais dos alunos, e combatendo o preconceito e a discriminação.

– Enriquecer o ensino e a aprendizagem, explorando a diversidade linguística como um recurso pedagógico, e estimulando a reflexão, a criatividade e o senso crítico dos alunos.

– Contribuir para a formação de bons professores e alfabetizadores, que saibam lidar com as variações linguísticas na sala de aula, e que orientem os alunos sobre o uso adequado da norma padrão e das outras variedades da língua.

Portanto, as variações linguísticas no Brasil são um tema relevante e atual para os pedagogos, que devem se informar e se atualizar sobre esse assunto, e que devem incorporá-lo ao seu trabalho educativo. Assim, eles poderão oferecer uma educação de qualidade, que respeite e valorize a diversidade linguística e cultural do nosso país.

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